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A Viagem II

Em algum lugar sobre a Rússia 00:00 horário local

Todo o percurso Florianópolis - Congonhas foi tranquilo. Cada vez mais ansiosos, e famintos, tivemos que esperar séculos pelo próximo tranfer inter-aeroportuário. Estava um clima gostoso, e fizemos nosso percurso cercados do som de buzinas e da visão do trânsito, característicos dessa cidade. Continuo impressionada pela falta de seguranca e sujeira dessa cidade, sujeira não necessariamente lixos jogados a rua, mas uma poluição visual de miséria e descuido que não vejo sempre. Mas fui realmente surpreendida com beleza também, belos prédios históricos que me fizeram dar um 360 no ônibus para tentar olhar com mais atenção, grafites nos viadutos que eram lindos e impactantes, além de pessoas realmente muito queridas e simpáticas, mudei completamente minha visão da metrópole.

Uma vez no aeroporto de Guarulhos teríamos mais de nove horas de espera levando todas as nossas coisas para todos os lugares em que fomos. Acho que ontem andamos o aeroporto inteiro, almoçamos na parte térrea mais antiga, e ao subirmos tivemos que andar até o outro extremo para fazer o check-in pela maquininha, sentamos lá e ficamos matando o tempo mesmo, lemos e fomos no Correio, e tivemos que tirar uma foto para mandar para o Japão para que nos reconheçam no Aeroporto. Quando já não aguentávamos mais, finalmente deu seis e meia e tivemos que ir ao novo terminal para despacharmos as malas, demorou mais de meia hora para chegar la.

Uma vez malasless entramos na área de embarque com toda aquela chatice da Polícia Federal, e claro fomos escolhidos para aquelas seleções aleatórias para ver se não estávamos carregando nada ilícito etc… Essa tarde demorou séculos, mas finalmente embarcamos no nosso avião para Paris! Não consegui dormir nada, a Aiko só ficou na tvzinha e meus pais estavam longe demais para eu saber o que eles estavam fazendo.

A visão através da janela quando estávamos chegando na Cidade da Luz era incrível, conventos, villas, castelos, e ruas largas margeadas por árvores uniformemente iguais com a mesma distância entre uma e outra, parecia desenho! Chegamos em Paris às 15 h (horário local), e foi uma bagunça. Na verdade era só passar pela alfândega e levar as malas para o porta bagagens para que pudéssemos passear. Isso mais o tempo de chegar no metrô e o tempo do trem que conecta os terminais durou uma hora e meia, ja era 16:30 e tinhamos que voltar as 18! Fomos de trem do Aeroporto à Estação e de Metrô à Notre Dame, com isso gastamos uns 20 euros cada! Chegando lá, viramos para o lado direito e nos perdemos na cidade, gastando mais meia hora, sendo que saímos na mesma quadra que a Igreja. Mas valeu a pena pois estava encantada! Olhava para todos os lados sem nem acreditar! Finalmente chegamos na Igreja, passando pela mais linda rua ladeada por árvores, bicicletas e muitos muitos cafés e lojinhas. Mas não fiquei tao impressionada, a Igreja é belissima e não entramos dentro dela, mas comparada ao resto do que vira de Paris, estava nos padrões, não mais que isso. O que mais gostei foram as gárgulas, iguaizinhas as do Corcunda de Notre Dame da Disney. Entramos no Metrô e agora faltavam quarenta minutos para nosso limite, mas a linha que precisávamos, a C, estava fechada para manutenção, impecílio que não estava na nossa contabilidade de tempo, portanto tivemos que sair de baixo e tomar um taxi. Durante todo o tempo filmamos bastante e tiramos fotos.

O percurso de taxi foi tão lindo, posso parecer aquelas crianças deslumbradas, mas não sabia direito para onde olhar ou o que gravar, meu maior pesar era de termos tão pouco tempo. O percurso demorou uns 15 minutos por causa do trânsito mas vi coisas muito legais. Tentei registrar o máximo. Vi a Torre Eiffel quando meu Pai apontou, despontando no mais pefeito céu azul à nossa esquerda. Já ouvi tantas pessoas falando como ela é pequena que eu me assustei com seu tamanho! Era maior que eu imaginava. Pulamos do taxi no meio da rua, todos aproveitando a energia que nos trás uma viagem dessas, que apareceu por pura sorte, em um dia tão lindo com núvens que pareciam desenho. Lá havia turistas de todos os lugares, assim como em Notre Dame, vendedores, um carrossel e várias barracas de comida. Tiramos fotos e já estava na hora de voltarmos ao Aeroporto.

Com muita pressa nos dirigimos à Estação de Metrô mais adequada, já que a linha C que queríamos não estava ativa como já havíamos descoberto, e por causa disso (e de um pouco de monguice) tivemos que fazer uma rota gigante, usando dois metrôs diferentes para então pegar o trem que nos levou de volta ao Aeroporto, onde também andamos quase correndo pois já era mais de 7 e estávamos uma hora atrasados do planejado, mas no final tudo deu incrivelmente certo.

Foram apenas duas horas nessa cidade pela qual já me apaixonei, e agora só consigo pensar em quando vou voltar. Fizemos tudo isso às pressas, podendo visitar apenas dois pontos, e não conseguimos registrar tudo tanto quanto queríamos pois meu pai vendera a máquina logo antes de viajarmos, para comprar uma assim que possível lá no Japão. Fiquei encantada pela beleza das pessoas lá; pelas crianças falando francês, coisa que sei que é obvio, mas é muito bonitinho; pela diferença da arquitetura; pelo cheiro maravilhoso da comida e pela magia da cidade! Não tenho nem como explicar direito o quanto poucos minutos me proporcionaram tudo isso, principalmente comparado ao tanto de tempo gasto nos voos e esperando. Acho que por isso mesmo agora, no avião em direção a Tokyo, me parece que a viagem fora apenas um sonho, e que nunca realmente aconteceu. Minhas únicas provas disso nesse momento sao as fotos de Instax e tickets usados de Metrô, pois de resto foi somente um sonho cheio de “tãos” que não queria acordar!

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